E deparar-me-ei com a bagunça?
Até quando entrarei visceralmente em mim
E encontrarei as manchas do passado?
A consciência do presente?
Ou as incertezas do futuro?
Até quando olharei para fora da janela
E verei as imundícias
Que assolam o país?
Até quando assistirei cada injustiça
Tão absurdamente
Expostas
E anestesiado
Não poder fazer nada?
Cada rastro de sangue sobre o asfalto
E logo embaixo dele
As minhocas sendo alimentadas
Minuto a minuto
Cada inocente perdendo sua vida
Perdendo-a sem motivos aparentes
Ou seríamos nós perdendo
Nossas próprias vidas?
Crucificar todos os dias
Aquele que crucificado foi
Doença psicopatológica
Ser imoral
Irracional
Desconjuntura institucional
Ou desequilíbrio sócio-mental?
Anarquia Institucionalizada
Estatizada
Povos sem lei
Abutres
Sem regra
Sem rédea
Incontroláveis
Na grande massa se dissipam
Vergonha
Dor
Sofrimento
Paz
Onde fica?
No chão
Nas mãos
Nos pés
No coração
Lugar menos improvável para tal
Não há nada que detenha
A vil crueldade
Órfãos de pai e mãe terrenos
Mendigos
Luxuriantes
Inebriantes
O tempo está próximo
Brincamos
Sem cessar
Inconscientemente
Jesus volta logo
Até quando esperar?
O sino da capela toca
A trombeta também
Os nenéns choram
As mães choram
As pedras clamam
E clamam
E clamam!
Ufa!
Até quando esperar?
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