domingo, 17 de outubro de 2010

Confiança


Confiança é uma pessoa que muitos a tem como amiga e muitos outros a ignoram como se fossem a Mentira personalizada. A verdade é que a Confiança é uma mulher de lábios grossos, corpo sensual, no mínimo provocante, bonita e que muitas vezes nos faz perder a cabeça. Traiçoeira essa bandida de meia pataca.

Maldito do homem que confia em outro homem como já diria as Escrituras Sagradas, é claro, com um tom longe do coloquialismo posto aqui.

Medo, monstro fatigado que rodeia todos nós, mesmo quando sabemos da existência de algo superior a nos guardar. Aí entra a tal mulher chamada Confiança ou seria sua irmã mais próxima DesConfiança? Somos tão religiosos em nossos dogmas inventados, que nenhuma instituição é capaz de nos impor sua própria doutrina.

Até porque não precisamos, afinal nós somos os doutores de nossa própria lei. Fazemos as nossas regras, os nossos dogmas, nossos pensamentos inúteis e desvirtuados, cretinos seria a palavra certa.

Estamos presos a conceitos e preconceitos, trancados em uma mente que esquece de pensar.

Jesus obviamente não é burro nem nunca foi. Sorte nossa! 
Revestimo-nos de corruptibilidade, de paixões entregues a míngua da devassidão das ruas, somos tão prostitutos como as próprias.
Vendemos nossa alma por nada, essa é a verdade.
Trocamos todos os dias Jesus por meia dúzia de ovos, isso é inegável, sejamos menos hipócritas!

Loucura recorrente em nossos dias, tão louco estou que esqueço de conversar com Deus para assistir aos programas dominicais, grande troca eu fiz não acham?
Pense você se tivessem todos os domingos programas religiosos, que falassem do amor de Cristo por nossas vidas, nossas almas. Talvez niguém quisesse ficar em casa não é mesmo? Seria preferível ir ao templo, ao salão, a igreja, a loja, ao terreiro enfim.

Somos hipócritas e trocamos Jesus por nada, literalmente nada. Nada é tão melhor quanto Jesus? Nada daria o seu filho por expiação de pecados de outros? Nada seria tão humilde quanto aquele que morreu para nos salvar? Nada seria tão imprescindível na hora do clamor no calvário? Nada, nada, nada justifica a troca que fazemos dAquele que morreu por nós por qualquer besteira, para o meu e o seu julgamento.

Sejamos protestantes, não sejamos rebeldes, vivemos um evangelho com traços anarquistas, somos revolucionários por causa alguma. Somos infames, selvagens, podres. Jesus tira toda essa podridão de cima de mim e de ti. Basta querermos. Entregue sua vida a Ele o quanto antes. Não posso ganhar nenhum valor pela tua alma que se salva, pelo contrário se você quiser viver uma vida de erro, siga em frente a escolha é sua, você é maior de idade, vacinado, mas as consequências são inerentes as bençãos, ou melhor as atitudes que você e eu tomamos. Enfim quer aceitar Jesus? Se for para se salvar é melhor que não o aceite, fique na mesmice. Se é pelo que Ele é, então bom proveito e que Jesus te abençoe meu amado. 

Sejamos mais crentes!

Homem, a maior vítima de todos os tempos


        
Animal racional é aquele que tem o privilégio de abusar do uso da razão, certo? Até que prove o contrário, sim. O que ocorre na sociedade em que vivemos, é que o homem cada vez mais está condicionado a ser influenciado pela veiculação (de artimanhas, que nos faz pensar que necessitamos de algo - o consumismo arraigado com o advento dos shoppings, por exemplo.) daquilo que chamamos de “cultura” de massa. Se é que podemos chamar a universalização ou padronização da identidade, de cultura.

Afinal, ao ligar os nossos televisores todas as noites, encontramos personagens de uma cultura diferente da nossa. A prova de que a mídia é tão influente na casa da maioria dos brasileiros, é que nas ruas por onde andamos para desempenhar atividades rotineiras, vez por outra nos deparamos com “personagens” reais que se caracterizam de seus personagens favoritos ou aqueles com quem mais se identificam nas telenovelas brasileiras ou mexicanas, se preferirem.

Os brasileiros são sim, um povo que gosta de receber gente de todos os países, somos conhecidos como um povo hospitaleiro, simpático, apesar das dificuldades estão sempre sorrindo, terra do samba, do pagode, do futebol e do carnaval, do “pulmão do mundo” - Amazônia e há também quem diga que Deus é brasileiro (sorte nossa, não é?).
        
Somos atacados diariamente pelo golpe midiático, tão presente em nossas casas. Seja por novelas, jornais, programas de auditório, enfim. Nas novelas encontramos outras culturas, aprendemos a nos adaptar com a normalidade (ou banalização) da violência e da sexualidade, não sabemos mais o que é certo ou errado, afinal pra que escolas tão eficientes quanto a televisão e a internet? Mas eficiência não é sinônimo de eficácia, a verdade é que tais veículos são dados como uma faca de dois gumes, ambos provenientes da globalização.

A internet que é um revolucionário instrumento de pesquisas escolares acaba se tornando fácil aprender, fácil? Nem tanto, ao mesmo tempo em que usamos da acessibilidade da internet há quem utilize desse meio como ferramenta, usada unicamente para fazer o mal - pedofilia, transações bancárias duvidosas, apologia ao tráfico, anorexia, bulimia e nazismo por meio de sites de relacionamento, enfim. Se fossemos citar tudo que a internet nos proporciona ficaríamos aqui horas e horas a falar. 

Certa vez, andando em um shopping rumo às compras de natal, avistei uma loja que ficava no segundo piso, mas encontrei um fato que para mim foi intrigante, a escada rolante dessa tal loja ficava bem no meio da entrada do shopping - o pior estava por vir, a escada só existia a de subida - é como se comprasse uma passagem somente de ida e não tivesse a pretensão de voltar.

Conclui-se que aquilo tudo era uma jogada de marketing para aprisionar o consumidor com o objetivo de que fique mais tempo na loja e induza ao consumo. Já perceberam que por várias vezes já nos perdemos em shoppings?

A solução para que não nos tornemos vítimas do sistema – globalização - é necessário abrir os olhos e perceber o que realmente é necessário em nossas vidas e o que é está nos roubando a visão, fazendo-nos cegos de evidências de que até a democracia não existe mais, se é que um dia existiu. Mas essa é uma outra história...



sábado, 16 de outubro de 2010

Caixa de Pandora





Amor posto à prova

Tendente ao pecado
Em nossos poros
Virtudes esquecidas
Ou simplesmente enterradas.

Imensidão de pensamentos
A inebriar os brios
Pensamentos perversos
Horrendos!

Até parece que o pecado de toda humanidade recaía em minhas pernas e em meus ombros, como se me deixassem com "paraplegia múltipla".

Abro a mente e não consigo ver
Estou cego e não consigo enxergar
Não posso forçá-la, pois é tão frágil quanto a pureza das virgens que restam e que são ameaçadas todos os dias a entrarem em extinção.

Vasculho mais a fundo e percebo inveja, de tudo aquilo que não consigo tornar executável, sempre que pude me acovardava em meio aos escombros sombrios, pungentes, massacrantes. Escória de malícias recorrentes!

Na caixa de Pandora
Encontra-se algo de ruim, podre, mas resta a esperança
Como se no fundo do coração de cada um de nós, aparecesse a imagem e a semelhança de Cristo.





sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Como seria bom se chovesse




Nuvens nubladas
Estradas vazias de gente
Carros com para brisas a todo vapor
Animais com suas peles molhadas
Anfíbios a povoar as estradas
Nós a nos esconder de nós mesmos

No inverno tudo alaga
Tudo se despedaça
E no fim tudo fica seco.

O entulho passa por nossas pernas
A entranhar em nosso corpo,
Luxúria, devassidão e dor
Algo a esconder ou
Muito a mostrar

A chuva:
Gotas sentidas
A molhar a pele
Estranho sentimento ou
Sensação sobrenatural

A gota cai em nosso corpo
às vezes sem entender o porquê
Tudo está selado
Enxugar as gotas
Para quê?
Quero mesmo essa sensação
Muitos não a querem.

Liberdade! Liberdade!
Liberdade! Liberdade!

Como é bom sair às ruas
Sentir o cheiro da chuva
E da terra molhada
Ver os meninos a correrem felizes
Sem nada para se preocupar
Ou pensar no amanhã
Viver o hoje
Projetar felicidade.

Carpe Diem é o princípio 
Ou a falta dele.