quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A maze in my mind.


Sofro com um fluido gelatinoso que faz girar o órgão que se chama labirinto.
Cada ser devasso que percorre na organicidade de cada humano,
Cada amargura que na pele se esvai,
Cada boneco feito de lã ou de papelão que se destroi,
É tudo fruto da minha mente.

Mente conspirante, maquinalmente fria e vil.
Fruto de minha mente são os tijolos que caem como a um prédio imensuradamente calculado.
Penas que voam e lastimavelmente não voltam mais.
Sol translúcido nas paredes das casas até o entardecer.

Tudo é motivo para que o fluido se mova e faça mover o labirinto.
As pessoas que passeiam no bosque,
Os velhos fumando seus charutos quase que melhores amigos de seu pulmão,
As crianças gritando com suas vozes estridentes,

Os carros com as buzinas ensurdecedoras,
As mulheres tão belas e provocantes,
A violência tomando conta do país,
A máquina de fazer dinheiro público fabricando
E não vejo a cor do real,
Os pássaros que gorjeiam.

Ah! Os pássaros.
Esses sim é que são felizes
Não sofrem de nenhuma doença
A não ser que não possam voar.
O quanto é ruim não poder voar.

Voar entontece,
Nadar entontece,
Dirigir entontece,
Falar entontece,
Pensar entontece.
Amar entontece.

A cura
Onde está a cura?
Onde se amparar?

Nas árvores para não cair,
No chão para não cair,
Nas paredes para não cair,
Na mesa para não cair,
Sentar para não cair.
Parar para não cair 
E por fim
Confiar em Deus para não cair.



Um comentário:

  1. Lindo!
    Jef tu leva jeito... Tu escreve muito! Adorei, adorei mesmo.
    Rapaz, to besta, sem palavras...

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