sábado, 21 de abril de 2012

Nada além do Face...


Há muito se falou que uma Terceira Revolução estaria para eclodir. Aproveitando o ensejo, afirmo que ela já chegou e tem-se deflagrado através do fenômeno mundial: redes sociais virtuais, e com ele surge também o Face.

Facebook para quem não sabe é um site, diga-se de passagem, de relacionamento. Site este que permite postar fotos, vídeos, frases preferidas.... com o intuito de que sejam "curtidos" ou compartilhados por todos.
Não se trata apenas de um simples site inocente, em que a vida do outro é evidenciada e comentada por uma infinidade de pessoas.
Depois da invenção da roda e do fogo, ambos se tornaram primordiais, o Face não fica atrás, e por que não dizer vital às vidas virtuais? Perdi as contas de quantas pessoas deixaram de me dar atenção para acessar a página nos seus brinquedinhos eletrônicos. O fato é que tem se tornado uma "droga cultural", substitui-se o real pelo reles virtual. Hoje tudo é virtual! Amizade virtual, namoro virtual, DR (Discutir a Relação) virtual, balada virtual, culto virtual, Deus ou deuses virtuais, altares eletrônicos enfim.

A sensibilidade humana se resumiu às expressões dos emoticons e MEMÉS (desenhos populares com frases engraçadas na rede ). Por ser um site de relacionamento, toda tribo usuária se dispõe a relacionar-se apenas virtualmente, o curioso é que ninguém mais ou uma parcela bem mínima telefona ou manda torpedo. O papo agora, é seguir o outro ou então curtí-lo.

Assim como os anúncios de cigarro e de bebida, o Face deveria ter indicação para maiores de dezoito anos ou então a frase: use com moderação e, o Ministério da Saúde adverte: quem entra no submundo das redes sociais virtuais como Facebook, MSN, Twitter, Orkut (é o novo!) causa dependência, insônia, falta de apetite, intriga, ciúmes, separação de casais, conflitos internos e externos, etc (estes termos continuam).

Perceba que os sintomas são bem parecidos com os de uma droga ilícita.

Talvez o nosso mal esteja no exagero, sempre! Nunca agimos com cautela em relação às coisas que nos dá prazer. O Face é o fruto proibido da modernidade. Nos deixa cientes do bem e do mal, o mal das pessoas, aquilo que elas postam é o que tem de melhor ou de pior dentro delas. Somos psicólogos virtuais, e confessionários virtuais. Há quem poste declarações religiosas como: "Esta Pessoa Ama A Deus Sobre Todas As Coisas"- provavelmente esta mesma pessoa não orou, fez uma prece ou leu a bíblia durante o dia, até porque o Face não deixou; inúmeros relatos de pessoas que estão tristes também não ficam de fora.

Deixo claro que não sou contra a evolução/progresso da tecnologia, só reconheço que não estamos preparados para recebê-la/lo, habituamo-nos, porém não nos preparamos para as lacunas que esses "avanços" nos proporcionam. As mazelas estão à margem, ou melhor, arraigadas em tudo o que se sabe ou estar para saber, por mais apocalíptico que isso seja. Um estudo aprofundado acerca do impacto mental, social, interpessoal (principalmente) precisa ser revelado. Continua...

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