De olhos bem fechados e a boca meio aberta
despertara de um mundo que não ouso dar-lhe nome.
Flutuava, saia do chão com tamanha dedicação que
merecia todos os louros e coroa fúnebres.
Embora o sorriso safado viesse à superfície era
complacente com suas atitudes e me deixava transpor de corpo e alma - não sabia se era mais corpo ou se mais alma. Apenas
dedicava o corpo e a alma de tal maneira, que os ossos eram triturados e o sangue chupado como
uma fruta em sua época.
Abrindo os olhos, pondo os pés no chão, vi que tudo
não passava de um sonho.
Se me perguntarem se acredito em vidas paralelas,
direi que sim, ora, esses bichos diabólicos, que não sei sua procedência divina estarão sempre à
margem.
Arrancaram a minha carne, sugaram o pouco de sangue
que me restava.
Se fosse uma carta dedicaria a vocês, malditas muriçocas ou se preferirem pernilongos.
Em vez de com amor termino: com todo o meu ódio!
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