quinta-feira, 8 de maio de 2014

Carta ao ódio (ou meu infortúnio)



De olhos bem fechados e a boca meio aberta despertara de um mundo que não ouso dar-lhe nome.

Flutuava, saia do chão com tamanha dedicação que merecia todos os louros e coroa fúnebres.

Embora o sorriso safado viesse à superfície era complacente com suas atitudes e me deixava transpor de corpo e alma - não sabia se era mais corpo ou se mais alma. Apenas dedicava o corpo e a alma de tal maneira, que os ossos eram triturados e o sangue chupado como uma fruta em sua época.

Abrindo os olhos, pondo os pés no chão, vi que tudo não passava de um sonho.
Se me perguntarem se acredito em vidas paralelas, direi que sim, ora, esses bichos diabólicos, que não sei sua procedência divina estarão sempre à margem.
Arrancaram a minha carne, sugaram o pouco de sangue que me restava.

Se fosse uma carta dedicaria a vocês, malditas muriçocas ou se preferirem pernilongos.

Em vez de com amor termino: com todo o meu ódio!

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