O barco sai à procura do mar revolto e necessário.
Os tripulantes rumam ao infinito e azul do firmamento.
Embasbacados sem saber por qual caminho seguir, reagem ao capitão.
O capitão não escolhe. Delega.
O tripulante não desiste. Escolhe outro caminho.
Cada gota do Atlântico é uma lágrima que cai.
Há quem persista em dizer que as escolhas são errôneas.
Se não fossem as errôneas não descobriríamos as certas.
Paradoxo indispensável desde a gênese.
O pessimista vê no infinito a imensa onda tortuosa e incerta a
percorrer;
O otimista olha para trás e diz: Puxa! Cheguei até aqui! Mas poderia
ter sido pior.
Quantas embarcações não ficaram à deriva?
Quantos náufragos afastaram-se da terra firme?
Acovardar-se?
Para quê?
A quem ensinaria e o quê ensinaria se não fossem as intempéries e
dissabores que a vida nos reserva?
Não encontraríamos nenhuma ilha, nem sua beleza, se não tivéssemos a
ousadia de ir buscar no mar o nosso novo destino.
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